Gangs Of Bangs ingressa na dramaturgia

domingo, 21 de setembro de 2008

Temos mais o que pensar

No último sábado, Abono, Chester e eu (aprendi bem a lição do professor Girafales) tivemos uma reunião com um produtor bastante conhecido no mercado e que disse muitas coisas interessantes, que nos deixaram pensando muito. Dentre elas, uma especificamente gostaríamos de compartilhar com o público. Ele disse que sente uma falta de foco na banda. No seguinte sentido: cada música do Gangs parece composta por uma banda diferente. Acho que tínhamos consciência disso, mas para nós nunca foi um problema, visto que gostamos de bandas com essa característica (como o Mr. Bungle e o Secret Chiefs 3). Entretanto, com a explicação dele passamos a pensar melhor nisso, e há algumas coisas que realmente acontecem e refletem esse "problema": pessoas que gostam do Gobs têm músicas bem diferentes como favoritas. Um prefere "No Colo De Pai Mei", outro "That Game", outro "Vanessa Mae" e por aí vai. Normal, cada um tem sua música preferida de determinada banda. Mas começamos a pensar se no nosso caso cada pessoa não gosta SÓ DAQUELA música.

Durante os próximos dias vamos conversar com nossos ouvintes sobre isso, como os vereadores que batem à sua porta depois de 3 anos e 10 meses no poder. Só que não temos o poder. A partir dessa reflexão, temos e uma pergunta, que dependendo das respostas pode se desdobrar em outra. Deixo agora para quem qusier responder nos comentários (quem não responder será intimado por telefone ou pessoalmente, via portador forte e ameaçador):

- Você sente que o Gobs ser uma banda com várias caras é algo positivo ou negativo?

7 comentários:

Thiago Crespo disse...

Seria positivo, não fosse uma das caras ser do palhaço do Luiz Fujita.

(Brincadeira. Ele é um gênio)

Camila Fink disse...

Eu gosto assim assim do jeito que a coisa anda...toda essa ginga brasileiríssima reunida com pitadas em inglês dá até arrepios em fãs como eu.

Ah, não vejo esta variedade sonora-musical-literária como algo negativo. Como em toda banda grande, cada fã tem uma música preferida, mas não é por isso que as outras são jogadas ao relento.

Não se vendam ao mercado!hahaha. E tenho dito!

Abs e congratulações aos seres que compõem esta(e) banda(o).

**Desta fã desconhecida que admite que cantarola suas obras-primas no chuveiro.

Unknown disse...

É assim que toda banda de garagem se torna uma banda comercial... Parar para pensar? Parem com isso...

Façam o som que vcs tão afim de fazer. Se as pessoas gostarem, bom pra elas; se não, foda-se.

Música é arte. Não é um produto que fica exposto no supermercado e que deve agradar a um público específico.

E viva a diversidade musical em uma só banda. Isso já faz da banda uma coisa única.

Só acho q a banda deveria se chamar Gétrotal.

beijos

Anônimo disse...

May Oscar bless you all.

vou citar.

"O artista é o criador de coisas belas.
Revelar a arte e ocultar o artista é a finalidade da arte.
O crítico é aquele que pode traduzir, de um modo diferente ou por um novo processo, a sua impressão das coisas belas.
A mais elevada, como a mais baixa, das formas de crítica é uma espécie de autobiografia.
Os que encontram significações feias em coisas belas são corruptos sem ser encantadores. Isto é um defeito.
Os que encontram belas significações em coisas belas são cultos. Para estes há esperança.
Existem os eleitos, para os quais as coisas belas significam unicamente Beleza.
Um livro não é, de modo algum, moral ou imoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo.
A aversão do século XIX ao Realismo é a cólera de Calibã por ver seu rosto num espelho.
A aversão do século XIX ao Romantismo é a cólera de Calibã por não ver o seu próprio rosto no espelho.
A vida moral do homem faz parte do tema para o artista, mas a moralidade da arte consiste no uso perfeito de um meio imperfeito. O artista nada deseja provar. Até as coisas verdadeiras podem ser provadas.
Nenhum artista tem simpatias éticas. A simpatia ética num artista constitui um maneirismo de estilo imperdoável.
O artista jamais é mórbido. O artista tudo pode exprimir.
Pensamentos e linguagem são para o artista instrumentos de uma arte.
Vício e virtude são para o artista materiais para uma arte.
Do ponto de vista da forma, o modelo de todas as artes é o do músico. Do ponto de vista do sentimento, é a profissão do ator.
Toda arte é, ao mesmo tempo, superfície e símbolo. Os que buscam sob a superfície fazem-no por seu próprio risco.
Os que procuram decifrar o símbolo correm também seu próprio risco.
Na realidade, a arte reflete o espectador e não a vida.
A divergência de opiniões sobre uma obra de arte indica que a obra é nova, complexa e vital.
Quando os críticos divergem, o artista está de acordo consigo mesmo.
Podemos perdoar a um homem por haver feito uma coisa útil, contanto que não a admire. A única desculpa de haver feito uma coisa inútil é admirá-la intensamente.
Toda arte é completamente inútil."

gui valério disse...

Eu acho que o que importa é fazer as musicas e realmente gostar delas,e perguntar um ao outro(da banda)o que estao achando porque na hora da composiçao ha sentimentos que levam a musica ser do jeito que é...cada musica pode ter uma roupagem sim...viva a diversidade..sua voz continua sendo sua voz,o jeito que o guitarrista toca continua sendo o jeito dele..
Agora vem aqui minhas peruntas pra vcs da banda...ja sabem o que querem fazer com a musica?,torna-la pesada?,original?,copia de outras?...
Até a critica positiva pode ser negativa se de alguma forma mexer no ego e isso influenciará na essencia,na musica de vcs em si...Sera que o produtor sente a mesma coisa q vcs sentem ao tocar a musica?...acho que nao...sejam seus proprios produtores e deixe a critica pros inseguros.

Anônimo disse...

Acho positivo ter várias caras, mas tb acho que isso não impede que o conjunto das músicas tenha uma identidade. As músicas do Mr. Bungle, apesar de diferentes umas das outras, não têm algo que as façam identificáveis como do Mr. Bungle? Isso é uma pergunta mesmo, até pq não sei nada do Mr. Bungle. Só que o vocalista é italiano e meio limitado. Secret Chiefs 3 deve ser alguma expansão do God of War.

Alexandre S disse...

Caras, a arte é um dos únicos exercícios de soberania do indivíduo que não poder. Se for ceifada antes de nascer, não nos resta nada.